O
horário de verão acaba no dia 26 de fevereiro, mas quem tem mais dificuldade em
se adaptar à mudança deve começar a preparar o organismo com antecedência,
antecipando o horário de dormir cerca de dez minutos a cada dia. A orientação é
do coordenador do serviço de neurologia do Hospital Anchieta, Ricardo de
Campos. “Ao invés de esperar o dia da virada do horário, o interessante é que a
cada dia fosse dormindo dez minutos mais cedo, até estar dormindo uma hora mais
cedo, e o corpo não vai padecer”.
O
médico explica que as mudanças sentidas pelo organismo com o início ou o fim do
horário de verão são por causa de hormônios como o cortisol e a melatonina, que
regem o nosso relógio biológico e são secretados de acordo com o tempo de
exposição ao sol e à escuridão. “Dessa forma, todo o metabolismo do organismo
passa a se pautar de acordo com as taxas de secreção desses hormônios. Quando
uma hora do dia é suprimida ou acrescentada, passa a ter alterações nesse
metabolismo”.
Sob
efeito do relógio
Os efeitos
dessas mudanças, segundo Campos, vão desde alterações no sono, que podem causar
irritabilidade, estresse e baixa produtividade, até o aumento da instabilidade
vascular. Além dos idosos, as mulheres sentem bastante as mudanças de horário,
pois têm diversas oscilações no organismo relacionadas à produção de hormônios.
“Mudanças abruptas no nosso relógio biológico trazem malefícios incontestáveis
em relação à saúde”, diz o especialista.
Uma
semana a mais
Neste ano, o
horário de verão começou no dia 16 de outubro, e terá uma semana a mais, porque
a data estabelecida para o fim do horário diferenciado, que é o terceiro
domingo de fevereiro, em 2012 coincidiu com o feriado do carnaval.
(Agência Brasil)
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